Melanoxylon brauna Schott

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Critério: D2

Categoria: VU

Justificativa:

Apesar de ser considerada abundante em algumas de suas regiões de ocorrência, a espécie apresenta especificidade de hábitat, sendo encontrada em Floresta Pluvial, Nebular e Semidecídua. Além disso, é uma das madeiras mais apreciadas da Mata Atlântica, tendo sido amplamente utilizada para construção civil. Está sujeita a duas situações de ameaça, considerando sua presença dentro e fora de unidades de conservação (SNUC). A extração ilegal, que não é fiscalizada fora das áreas de preservação, é a principal ameaça à espécie.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim

Detalhes: ​É indicada para uso em peças de longa duração como vigas, cubos de roda, pontes, obras externas pesadas, pisos e similares (Remade, 2012).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Detalhes: Estudos fitossociológicos tem encontrado uma densidade de indivíduos por hectare de 1; 2,8 a 3,9 (Carvalho et al., 2007; Lopes et al., 2002; Rizzini, 1997).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica

Fitofisionomia: Floresta pluvial, nebular, semidecídua e nebular anã (Oliveira-Filho, 2010).

Detalhes: Árvore até 30 m alt (Oliveira-Filho, 2010). Cerca de 15-35(50) cm de diâmetro (DAP) (Queiroz, 2009). Floresta pluvial, nebular, semidecídua e nebular anã (Oliveira-Filho, 2010).

Ameaças (1):

Estresse	Ameaça	Declínio	Tempo	Incidência	Severidade
	1 Habitat Loss/Degradation (human induced)				very high
A Mata Atlântica preservada remanescentes nos principais Estados de sua ocorrência está reduzida a 8,5% na Bahia, ca. 10% no Espírito Santo e Minas Gerais e 18,38% no Rio de Janeiro (SOS; INPE, 2011).

Ações de conservação (6):

Ação	Situação
1.2.1.3 Sub-national level	on going
"Vulnerável" (VU) segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).

Ação	Situação
1.2.1.3 Sub-national level	on going
"Criticamente em perigo" (CR) segundo a Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)

Ação	Situação
1.2.1.2 National level	on going
Considerada ameaçada pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1.

Ação	Situação
4.4 Protected areas	on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Biológica Mico-Leão (Bahia); Floresta Nacional Rio Preto, Reserva Biológica de Sooretama, Reserva Vale (Espírito Santo); Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti; Estação Ecológica da Mata do Cedro, Parque Estadual do Itacolomi, Parque Estadual do Rio Doce, Reserva Biológica da Represa do Grama, Reserva Florestal Mata do Paraíso, RPPN Feliciano Miguel Abdala, RPPN Mata Samuel de Paula (Minas Gerais); Parque Nacional da Floresta da Tijuca; Parque Nacional do Itatiaia, Reserva Biológica Poço das Antas; Reserva biológica União, Rio de Janeiro (Kamino, 2009).

Ação	Situação
5.7 Ex situ conservation actions	on going
Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas; Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Kamino, 2009).

Ação	Situação
1.2.1.2 National level	on going
Portaria IBAMA 83N, proíbe o corte da espécie em floresta primária e controla corte mediando plano de manejo em outras áreas florestadas (IBAMA, 1991).

Ações de conservação (3):

Uso	Proveniência	Recurso
Madeireiro
Madeira nobre, muito pesada. Própria para obras externas e hidráulicas, moirões, postes, dormentes, pontes, para confecção de peças torneadas, esquadrias, folhas faqueadas, instrumentos musicais, cabos de ferramentas etc (Lorenzi, 2002).

Uso	Proveniência	Recurso
Ornamental
A espécie é ornamental (Lorenzi, 2002).

Uso	Proveniência	Recurso
Restauração Ambiental
A espécie é útil para reflorestamentos (Lorenzi, 2002).